Depois do brasileiro Mauro Cesar Bernardes e do argentino Ernesto Chinkes, agora é a chilena Nadja Starocelsky quem responde nossas cinco perguntas a respeito de TICAL. Nessa entrevista, Starocelsky, que participou da TICAL 2014 como autora e membro do Comitê de Programa, nos conta sobre a importância que dá ao evento: "TICAL é a instância perfeita para desenvolver a cooperação!”.
Olá, Nadja. Conte-nos um pouco sobre você e sobre sua formação.
Olá! Sou Engenheira Civil em Informática pela Universidade Austral de Chile, daqueles tempos em que estas carreiras ainda estavam sendo recém-incorporadas às ofertas acadêmicas das universidades chilenas. Entre 2010 e 2012 realizei um mestrado em Tecnologias da Informação. Estou no mercado de trabalho desde 1990, quando comecei a trabalhar em empresas de Telecomunicações. Em 1995, me incorporei à Universidade Austral do Chile como chefe de projetos de desenvolvimento, com o objetivo de modernizar os Sistemas de Informação Corporativos. Depois de 15 anos desenvolvendo trabalhos como chefe de projetos e de ter implementado diversos sistemas na Universidade, assumi a função de Diretora de Tecnologias da Informação.
Qual foi seu primeiro contato com as redes avançadas e como você avalia o desenvolvimento delas desde então?
Diria que meus primeiros contatos com as redes avançadas se deram no ano de 2007, quando a Universidade Austral implementou vários sistemas de videoconferência como uma forma de eliminar os limites geográficos com outras universidades. No entanto, foi somente em 2010, quando assumi como Diretora de TI, e também em 2012, quando fui nomeada representante institucional perante REUNA, que passei a conhecer o verdadeiro potencial das redes avançadas. As universidades que estão conectadas a estas redes têm grandes vantagens para a colaboração entre as distintas instituições, tanto no âmbito da docência quanto no da pesquisa, compartilhando conhecimento, dados, aplicativos, entre outros.
Num contexto como este, qual é a importância de TICAL para o desenvolvimento das redes e dos profissionais na área das TIC?
TICAL é uma instância única, que permite que os profissionais das áreas de TI da América Latina compartilhem suas experiências, criem laços de colaboração e formem ou ampliem suas redes de trabalho; é um local aonde se discutem temas associados às Tecnologias de Informação no que diz respeito à docência, à pesquisa e à vinculação. Além disso, TICAL é um espaço que permite reconhecer o potencial das redes avançadas para a docência e para a pesquisa.
Você participou das últimas edições de TICAL e na edição 2014 foi inclusive membro do Comitê de Programa e autora. Que lições você tirou dessas distintas experiências?
Sempre considerei que o compartilhamento de experiências de trabalho entre instituições similares gera uma enorme economia de tempo e custo para as organizações. Quando soube da existência de TICAL, como uma forma de ajudar nos temas que comprometem o papel e o trabalho dos Diretores de TI na América Latina, não pude perder a oportunidade de participar da Conferência. TICAL me permitiu confirmar que as demandas de TI nas universidades da região são iguais e que fatalmente nós, diretores, enfrentamos problemas também muito parecidos. Além disso, a Conferência me deu a oportunidade de conhecer experiências e iniciativas inovadoras desenvolvidas em outras instituições, formar vínculos e redes de trabalho com outros diretores, assim como conhecer as propostas para universidades de distintos provedores de TI.
Pessoal e profissionalmente, quais são suas expectativas para a TICAL2015, que será realizada no Chile? E por que os chilenos devem participar?
Espero que a TICAL2015 supere o sucesso das edições anteriores e que os diretores de TI tenham a oportunidade de apresentar trabalhos inovadores e espaços para compartilhar experiências enriquecedoras. Não tenho dúvidas que minhas expectativas serão superadas. No Chile, já existe uma diversidade grande de iniciativas em TI que podem ser compartilhadas com nossos pares, e TICAL é a instância perfeita para desenvolver esta cooperação, sobretudo considerando que este ano a distância não deverá ser um fator limitador para os chilenos.